O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira que acredita que o momento político no Congresso Nacional é favorável à aprovação de reformas. Por isso, ele disse que trabalhará para a aprovação de uma reforma política no país ainda neste ano. ''Há uma maturação que permite discutirmos a reforma política'' 'afirmou Temer, depois de participar de uma reunião na sede da Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). ''Pode-se começar a discutir agora para que ainda neste ano se possa promovê-la. Se for possível, antes de outubro.'' O vice-presidente afirmou que, pessoalmente, defende uma
reforma que institua a eleição pela maioria absoluta de votos. ''[A minha tese] é de maioria de votos. Nós teríamos uma espécie de 'distritão', que é o próprio estado'', explicou ele. ''São Paulo, por exemplo, tem 70 vagas. Os 70 mais votados seriam eleitos.'' Temer disse também que a fidelidade partidária seria mantida. 'Quem for eleito pelo partido dele não pode sair'', acrescentou, ressaltando que essa é sua ideia de reforma, não do governo. O vice-presidente afirmou, entretanto, que já apresentou sua visão para a presidenta Dilma Rousseff. Temer afirmou que Dilma apoiou a discussão do tema, mas ainda não fechou uma proposta do governo sobre o assunto. Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, a proposta de Temer é boa. ''Com todos os pontos que ele [Temer] apresentou, eu estou completamente de acordo'', disse ele. Skaf disse que, além da reforma política, todas as reformas estruturais do país são urgentes. Ele pediu que o governo se esforce para aprovar uma reforma tributária e trabalhista no Congresso Nacional o mais rapidamente possível.