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Estado de Minas

Marcio Lacerda fica em cima do muro sobre apoio de petistas e tucanos

Prefeito de BH diz que torce para que as duas legendas estejam unidas novamente em torno da sua reeleição em 2012


postado em 19/02/2011 07:30

"Já viu aquele casal que se separa e cada um quer levar o filho para o seu lado? Então, eu sou aquele filho que não quer que os pais se separem e pede: vamos ficar todo mundo junto?" - Marcio Lacerda, prefeito de BH (foto: Marcelo Sant'Anna/EM/D.A PRESS )
No centro de um verdadeiro cabo de guerra entre PT e PSDB para saber quem estará com o prefeito Marcio Lacerda (PSB) na disputa pela reeleição à Prefeitura de Belo Horizonte em 2012, o principal interessado pretende ficar exatamente onde está. Pelo menos por enquanto. O socialista afirmou nessa sexta-feira que se recusa a escolher um dos dois aliados que o levaram ao comando da capital e que, apesar de tucanos e petistas dizerem o contrário, os três partidos podem estar juntos mais uma vez.

O casamento fracassado entre PT e PSDB, na visão do socialista, que se coloca como fruto da união, ainda pode ser refeito. “Já viu aquele casal que se separa e cada um quer levar o filho para o seu lado? Então, eu sou aquele filho que não quer que os pais se separem e pede: vamos ficar todo mundo junto?”, compara o prefeito. De acordo com Lacerda, mesmo com petistas e tucanos já não se entendendo, a aliança foi favorável para BH. “A cidade elegeu essa aliança, que está governando com um clima de trabalho muito produtivo, tanto que a população tem uma boa avaliação”, disse.

O prefeito pediu paciência aos dois partidos. “Se a gente antecipar esse debate eleitoral de 2012 falando em uma opção por A ou por B, vamos criar uma distensão interna que pode prejudicar a administração. Minha tese neste momento é: vamos adiar essa discussão e eu acredito na possibilidade de reeditar a aliança”, disse.

Motivo de novas tensões internas e adiada em mais de um mês justamente pelo descontentamento de aliados, a reforma administrativa do prefeito Marcio Lacerda será finalmente concluída na semana que vem. Os decretos com as fusões e mudanças estruturais na administração serão publicados no Diário Oficial do Município com circulação na segunda-feira e, na terça-feira, é a vez dos últimos nomes de secretários.

A nova acomodação dos partidos que dão sustentação ao seu governo está se transformando em uma prova de fogo para Lacerda. A perda de espaço pelo PT, que até então tinha postos centrais da administração, irritou integrantes da cúpula partidária e levou a um certo distanciamento do partido, que, apesar de falar em aliança com o socialista, trabalha com possibilidade de candidatura própria. O discurso do PSDB, em virtude da demora de uma posição de Lacerda, é o mesmo. Preferencialmente opta por estar com o prefeito sem o PT, mas já começa a trabalhar uma candidatura própria.

Esta semana, o secretário nacional do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro, afirmou que um partido com o governo do estado e a dimensão que tem deve sempre pensar em nomes para concorrer à prefeitura. O tucano, cotado como um possível nome para a disputa, reafirmou a intenção da legenda de marchar com Lacerda, mas sem os petistas.

Embora o prefeito não confirme os nomes, está certo que a pasta de Desenvolvimento ficará com um tucano. Aliados dizem que o escolhido é um ex-secretário do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, mas mantém o nome em segredo. O posto era cobiçado pelo PT, que perdeu força e nomes de peso. A Secretaria de Políticas Urbanas, por exemplo, que tinha o petista Murilo Valadares como uma espécie de supersecretário, está sendo desmembrada. Murilo ficará com a pasta de Obras e a de Serviços Urbanos deve ter à frente Pier Senesi, socialista que até então comanda a Regional Leste.


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