Rodrigo de Castro também criticou o presidente do PT de Minas, deputado federal Reginaldo Lopes, que, segundo ele, precisaria convencer os militantes de que os tucanos são nocivos à aliança. “Essa afirmação do Reginaldo no sentido de convencer a militância de que não é mais possível a aliança entre PT e PSDB mostra o temor que eles têm da força do nome do senador Aécio em Minas e no Brasil”, disse. De acordo com o secretário do PSDB, BH aprovou o estilo tucano de governar e, para ele, a mistura com o PT também já não cabe.
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O posicionamento dos petistas de propor o salário mínimo regional de R$ 600 – bandeira tucana na campanha do ano passado ao Palácio do Planalto e reeditada agora nas discussões sobre o piso nacional – em Minas Gerais também causou irritação. O secretário do PSDB afirmou que vai registrar na Câmara e no Senado que o PT e o PMDB mineiros estão juntos com os tucanos e contra a presidente Dilma Rousseff (PT) na briga nacional pelo mínimo. “Já que eles querem, vamos colocar esse valor para o Brasil todo, aí nós concordamos”, disse.
Para Rodrigo de Castro, os petistas de Minas estão se envolvendo em políticas pequenas. “Deve ser por isso que a direção nacional vem aqui intervir a toda hora”, provocou. O bloco de oposição no Legislativo, formado por PT, PMDB, PRB e PCdoB, está propondo que, por lei estadual, seja instituído o piso de R$ 600, iniciativa que precisaria do aval do governo do estado e de sua base na Assembleia.
Ainda para o dirigente tucano, as críticas da oposição às leis delegadas mineiras não se comparam à proposta do governo federal de passar a reajustar o salário mínimo por decreto. “Os dois assuntos são bem diferentes até em sua base legal. As leis delegadas estão previstas na Constituição e são usadas por diversos governos. Já reajustar o salário por decreto é inconstitucional e algo inédito. Há uma grande desinformação dos que querem comparar”, afirmou.