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Estado de Minas

Tucano reage e diz que nem petistas acreditam em candidatura própria à PBH

Deputado federal Rodrigo de Castro critica ainda a proposta de mínimo de R$ 600 em Minas feita pela oposição e defende as leis delegadas


postado em 21/02/2011 07:47

"A gente fica cada vez mais espantado com o PT de Minas. Precisa vir o presidente nacional (José Eduardo Dutra) para dizer que eles não devem ter candidato a prefeito em Belo Horizonte", Rodrigo de Castro (PSDB), deputado federal e secretário nacional do partido (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A PRESS - 15/1/10 )
A sinalização do PT de que pretende “disputar” com o PSDB a aliança com o prefeito Marcio Lacerda (PSB) na eleição de 2012 parece ter despertado a ira dos tucanos. Coube ao secretário nacional do partido, deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB), rebater a direção nacional do PT, que, na sexta-feira, cobrou dos petistas mineiros uma união com Lacerda que exclua de vez os tucanos do governo do socialista. Segundo Rodrigo de Castro, nem o PT “bota fé” em si mesmo.

“A gente fica cada vez mais espantado com o PT de Minas. Precisa vir o presidente nacional (José Eduardo Dutra) para dizer que eles não devem ter candidato a prefeito em Belo Horizonte. Isso significa que nem o presidente nacional põe fé no PT. Eles não puderam disputar o governo e agora não podem concorrer à prefeitura", disparou o tucano.

Rodrigo de Castro também criticou o presidente do PT de Minas, deputado federal Reginaldo Lopes, que, segundo ele, precisaria convencer os militantes de que os tucanos são nocivos à aliança. “Essa afirmação do Reginaldo no sentido de convencer a militância de que não é mais possível a aliança entre PT e PSDB mostra o temor que eles têm da força do nome do senador Aécio em Minas e no Brasil”, disse. De acordo com o secretário do PSDB, BH aprovou o estilo tucano de governar e, para ele, a mistura com o PT também já não cabe.

O dirigente tucano disse entender o desejo de Lacerda de ter os dois partidos rivais unidos novamente, a exemplo do que ocorreu em 2008. “É natural que ele tenha esse desejo, mas está muito claro que há dois projetos distintos no Brasil e eles passam por Minas Gerais daqui a quatro anos. Nós estamos com Aécio”, disse se referindo a uma eventual candidatura do tucano ao Palácio do Planalto.

Mínimo

O posicionamento dos petistas de propor o salário mínimo regional de R$ 600 – bandeira tucana na campanha do ano passado ao Palácio do Planalto e reeditada agora nas discussões sobre o piso nacional – em Minas Gerais também causou irritação. O secretário do PSDB afirmou que vai registrar na Câmara e no Senado que o PT e o PMDB mineiros estão juntos com os tucanos e contra a presidente Dilma Rousseff (PT) na briga nacional pelo mínimo. “Já que eles querem, vamos colocar esse valor para o Brasil todo, aí nós concordamos”, disse.

Para Rodrigo de Castro, os petistas de Minas estão se envolvendo em políticas pequenas. “Deve ser por isso que a direção nacional vem aqui intervir a toda hora”, provocou. O bloco de oposição no Legislativo, formado por PT, PMDB, PRB e PCdoB, está propondo que, por lei estadual, seja instituído o piso de R$ 600, iniciativa que precisaria do aval do governo do estado e de sua base na Assembleia.

Ainda para o dirigente tucano, as críticas da oposição às leis delegadas mineiras não se comparam à proposta do governo federal de passar a reajustar o salário mínimo por decreto. “Os dois assuntos são bem diferentes até em sua base legal. As leis delegadas estão previstas na Constituição e são usadas por diversos governos. Já reajustar o salário por decreto é inconstitucional e algo inédito. Há uma grande desinformação dos que querem comparar”, afirmou.


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