Serys saiu candidata à Câmara em 2010, mas perdeu a eleição - Foto: Jose Cruz/ABrA disputa interna no PT do Mato Grosso, que ganhou força durante o período eleitoral de 2010, pode terminar em um revés para a ex-senadora Serys Slhessarenko. Integrantes da legenda no estado entraram, na última sexta-feira, com um pedido de expulsão de Serys, alegando que ela traiu o partido ao apoiar candidatos fora do PT.
O autor do requerimento é o sindicalista Júlio César Viana, ligado ao grupo do ex-deputado federal Carlos Abicalli (PT). No ano passado, Abicalli e Serys disputaram dentro do PT quem concorreria a uma vaga no Senado. No entendimento de Serys, sua candidatura era natural já que exercia o mandato na Casa. Mas nas prévias ela perdeu a disputa, e Abicalli saiu como candidato. Já Serys se lancçou a uma vaga na Câmara dos Deputados. Ambos perderam a eleição. A conta do prejuízo caiu sobre Serys e seu grupo, já que a ex-senadora teria pedido votos para o pedetista Pedro Taques, que se elegeu senador.
A executiva do PT vai se reunir nesta segunda-feira para decidir se abre uma comissão para avaliar o pedido de expulsão. Se o PT estadual decidir pela saída de Serys, ainda cabe recurso na direção nacional do partido.
A ex-senadora é filiada ao PT há 23 anos. No fim do ano passado, ela se viu às voltas de um desgaste político que quase terminou com seu afastamento da relatoria do Orçamento da União. Na época, sua então assessora Liane Muhlenberg foi acusada de receber recursos para sua ONG de emendas de aliados políticos. A ex-parlamentar disse que desconhecia a ligação da ex-funcionária com a ONG e afirmou que se sentia "traída". A oposição bateu forte e pediu a substituição de Serys da relatoria, mas a petista se manteve com a função.