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Marcio Lacerda minimiza pressão partidária na reforma administrativaMarcio Lacerda fica em cima do muro sobre apoio de petistas e tucanosMarcio Lacerda pode ficar sem apoio de PT e PSDB nas eleições de 2012De acordo com a presidente do PCdoB no estado, Belo Horizonte não deve repetir a polarização das disputas partidárias nacionais entre petistas e tucanos. “BH é muito mais plural do que Atlético e Cruzeiro. Temos o América, que também quer ocupar espaço”, afirmou Jô, brincando com a rivalidade dos principais times de futebol mineiros.
Conforme a deputada, serão feitos encontros entre os demais partidos para integrá-los na discussão sobre Belo Horizonte. “Nesse espaço devem surgir propostas, debates e articulações para uma BH mais plural, o que nos coloca em condições de apresentar diferentes nomes ou mesmo fazer parte dessa composição envolvendo algum desses dois grandes partidos”, afirmou.
Na lista de temas a serem discutidos pelo grupo, que pretende fazer um simpósio nos próximos meses, entram questões como os cortes orçamentários do governo federal. “Temos grandes desafios na área de mobilização urbana e que estar atentos com programas que não podem ser cortados, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Temos que nos articularmos para a pauta em BH”, afirmou. De acordo com Jô Moraes, serão feitas reuniões com ministros e representantes dos movimentos sociais da capital não ligados a partidos políticos.
O presidente do PR municipal, Leonardo Portela, também criticou a divisão de forças entre PT e PSDB. “Não queremos que as eleições municipais sejam um balão de ensaio para a disputa ao governo do estado em 2014”, argumentou. Na última semana, o PR ensaiou uma debandada da administração de Lacerda, colocando a possibilidade de tornar independente. Portela afirma que, apesar de ser base e ter alguns filiados em quadros municipais, o PR municipal não se sente representado institucionalmente. O partido tem o comando da Regional Norte, com um nome indicado por Clésio Andrade.
A reforma administrativa foi o estopim para tornar pública uma crise entre partidos aliados do prefeito Marcio Lacerda, principalmente entre PT e PSDB, que se uniram há três anos para elegê-lo. Agora, os dois partidos dizem ser impossível uma nova aliança e, no meio deles, Lacerda se recusa a escolher com quem caminhar no pleito. Petistas e tucanos já demonstraram interesse em apoiar o prefeito desde que o outro não esteja junto.