Jornal Estado de Minas

Ministro diz que nova CPMF não está na pauta do governo

Agência Brasil
O ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, garantiu nesta terça-feira que não há no governo nenhum debate sobre a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Nessa segunda-feira, governadores de estados do Nordeste defenderam um imposto específico para o financiamento da saúde em substituição à CPMF. O ministro fez a afirmação após a reunião de coordenação política do governo. Luiz Sérgio reiterou, também, as intenções do governo de propor uma correção de 4,5% para a tabela do Imposto de Renda. ''Estamos corrigindo a tabela pela meta inflacionária '', disse o ministro. ''Mas só depois que for superada a questão do salário mínimo e a lei for publicada e sancionada'', acrescentou. O governo trabalha com a expectativa de que o Senado aprove nesta quarta-feira o projeto que reajusta o salário mínimo para R$ 545, na forma como a proposta passou pela Câmara. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também participou da reunião de coordenação política. Sobre a forma como o salário mínimo será definido nos próximos anos - se por lei ou por decreto presidencial - Luiz Sérgio disse que já há jurisprudência envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF). ''O salário dos ministros do STF é baseado em lei e regulamentado por decreto'', argumentou o ministro. O projeto é, portanto, ''juridicamente perfeito'', na avaliação de Luiz Sérgio. ''Estamos seguros de que juridicamente o projeto está perfeito. O que queremos buscar é uma lei. E o valor por decreto é de acordo com a lei'', completou.