Governo reduz úmero de cargos na Autoridade Olímpica
O governo decidiu reduzir em 64,6% o número de cargos que serão criados na Autoridade Pública Olímpica, órgão que vai gerenciar as obras dos Jogos Olímpicos de 2016. O texto da nova proposta reduz de 484 para 171 o número de cargos e foi discutido nesta terça-feira pelos ministros Antônio Palocci (Casa Civil), Luiz Sérgio (Relações Institucionais) e Orlando Silva (Esportes), e pelo deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), que será o relator na Câmara.
A proposta será anexada à edida Provisória 503, que trata da Autoridade Pública Olímpica e que já está em tramitação na Casa. O texto prevê ainda uma redução no número de representantes do conselho de governança, que na estrutura do novo órgão fica abaixo de Henrique Meirelles, que vai comandar o órgão. Os indicados do governo federal caem de 5 para 3, e do governo estadual e da prefeitura, de 2 para 1.
Nesta terça-feira, antes de receber o novo formato do projeto, a oposição protestou contra a quantidade de cargos criados no projeto e havia decidido obstruir as votações na Câmara.
Os líderes do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), e do DEM, ACM Neto (BA), argumentaram que era um contrassesnso do governo restringir o aumento do salário mínimo, fazer cortes no Orçamento e, ao mesmo tempo, criar uma estrutura como APO, com 496 servidores contratados por um prazo de até três anos, sendo possível a prorrogação.