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Líderes do PPS, do DEM e do PSDB prometem entrar com uma Adin no Supremo caso o texto seja aprovado pelo Senado nos mesmos moldes daquele na Câmara. Pela redação atual, o valor do mínimo passará a ser fixado por decreto e não por lei, como as medidas provisórias feitas em anos anteriores. A proposta, segundo eles, fere a independência dos poderes. “Quem perde são as instituições. Esse tipo de medida exclui o Legislativo do debate e há um prejuízo político”, afirma o advogado do PPS, Renato Gallupo. A assessoria jurídica do partido tenta o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para questionar o projeto do governo. Para o advogado, a Constituição estabelece que o reajuste precisa ser fixado por lei.
Diante das críticas da oposição de que a proposta seria inconstitucional, a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) preparou um levantamento com outros projetos que fixam salário por decreto. A defesa do governo provocou mal-estar no Judiciário. Ministros do Supremo afirmaram que qualquer comparação é muito “delicada”, especialmente quando aborda o salário mínimo, responsável pela relação jurídica entre capital e trabalho. Os ministros afirmam que a discussão irá provocar muita polêmica porque abrange muitos segmentos da sociedade.