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Dilma tem até segunda-feira para sancionar lei e mínimo valer a partir de marçoSenado rejeita emendas e mínimo será de R$ 545Dilma convence Paim a votar com o governo na apreciação do mínimo no SenadoAGU analisará constitucionalidade da proposta sobre o mínimo só após sançãoLupi: aprovação de novo mínimo garante política de ganho real ao trabalhadorJucá descarta veto a artigo que eleva mínimo por decretoDiferente da Câmara, parte da bancada do PMDB no Senado vota contra o governoConsultado pelo partido, o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, decidiu pedir uma avaliação da Comissão de Constitucionalistas da entidade sobre a legalidade da definição do mínimo por decreto. Em tese, Cavalcante disse que o projeto pode ser inconstitucional. A expectativa é que essa análise da comissão fique pronta em março. Se houver parecer pela inconstitucionalidade, a OAB deve entrar com uma ação no STF. "Essa é uma questão composta de divergência de interpretação. Isso pode, em tese, representar uma inconstitucionalidade. Isso é uma questão de ocupação de espaço que deve ser respeitado. Nenhum Poder pode renunciar de suas competências", disse.
O governo justifica que incluiu a previsão do decreto no projeto de lei para garantir que seja mantida a continuidade da política de valorização do benefício, com base na correção da inflação e no índice do crescimento da economia de dois anos anteriores.
Na avaliação de ministros do STF, essa delegação ao Executivo, a princípio, pode ferir o artigo 7º da Constituição, que determina como direito dos trabalhadores "salário mínimo, fixado em lei". Para o ministro Marco Aurélio, a ordem natural seria a aprovação pelo Congresso. Ele disse que a Constituição proibiu, desde 1988, a transferência de competências entre os poderes.