Jornal Estado de Minas

Diferente da Câmara, parte da bancada do PMDB no Senado vota contra o governo

Elaine Resende
Os senadores do PMDB foram mais "rebeldes" que seus pares da Câmara do Deputados na votação do salário mínimo nessa quarta-feira. Enquanto na Câmara todos os 77 peemedebistas votaram a favor da proposta de reajuste do mínimo para R$ 545, no Senado o cenário foi diferente. Como José Sarney (PMDB/AP) não vota por ser o presidente da Casa, do total de 18 senadores aptos a se manifestar, 13 se posicionaram ao lado do governo e cinco se mostraram contrários à proposta do Executivo. O percentual de dissidentes é de 26%.
Os senadores do PMDB Casildo Maldaner (SC), Luiz Henrique (SC) e Pedro Simon (RS) se abstiveram na votação das duas emendas apresentadas pela oposição, estabelecendo o salário de R$ 600, proposto pelo PSDB, e de R$ 560, de autoria do DEM. Já o senador Roberto Requião (PR) se absteve na votação do mínimo de R$ 600, mas votou a favor da proposta de R$ 560. Por sua vez, o senador Jarbas Vasconcelos (PE) fez questão de apertar o sim para as duas emendas.

Com relação ao PT, o termômetro do apoio apontou para uma bancada mais unida no Senado, se comparada à Câmara. Depois de enquadrar o senador Paulo Paim (RS), que teve uma conversa cara a cara com a presidente Dilma Rousseff antes da votação do novo piso, todos os petistas rejeitaram as duas emendas, votando assim com o governo. Semana passada, nove petistas ficaram contra o Executivo e 75 foram pró-Dilma na Câmara. O deputado Marco Maia (PT/RS) não votou porque preside a Casa.

Ainda na base aliada, todos os senadores do PTB, PR, PSB, PCdoB, PRB e PSC foram fiéis. Contrários ao governo se posicionaram os senadores Ana Amélia (PP/RS) e Pedro Taques (PDT/MT). O senador Cristovam Buarque (PDT/DF) não participou da votação por causa de problemas de saúde. A bancada do PP é formada por cinco representantes e a do PDT, por quatro.