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PMDB minimiza as cinco dissidênciasItamar bate boca com Sarney no SenadoSobre mínimo, Temer diz que oposição não tem respaldoLupi minimiza divisão do PDT na votação do mínimoOposição confirma ação no STF contra mínimo por decretoEntre os dissidentes, motivos oficiais não faltaram para o reforço inesperado na bancada governista. No primeiro embate com a oposição no Congresso, eles teriam debandando para atender às demandas de prefeitos, encrespados com a possibilidade de gasto extra no orçamento. Alguns chegaram a encorpar o discurso do Palácio do Planalto, de que era preciso fazer um ajuste fiscal para manter a economia em equilíbrio. “Não quis fazer oba-oba, nem o jogo do quanto pior, melhor. A presidente está com bom índice de avaliação e não quero ser responsabilizado no futuro se algo der errado na política econômica dela”, diz Vitor Penido.
Desequilíbrio
Depois de anunciar que votaria com o mínimo do governo, a senadora Kátia Abreu decidiu pelo meio termo. Em plenário, preferiu a abstenção no voto da emenda pelo DEM no Senado, no valor de R$ 560. A explicação oficial da senadora é de que um mínimo mais encorpado traria o risco da volta da inflação e desequilibraria as contas do governo. Nos bastidores, a parlamentar estaria com pelo menos um pé na bancada alinhada ao Planalto.
No caso dos mineiros Penido e Ataíde, o voto contrário ao partido não significaria, de imediato, uma intenção dos dois deputados de pular o muro que separa oposição e governo. A dupla está descontente com a composição do novo diretório nacional do partido, anunciada no dia da votação. Oficialmente, Ataíde disse que atendeu a um pleito dos prefeitos aliados. "Votei pressionado pelas bases e pelas minhas prefeituras, do Norte de Minas, que são carentes e têm muitos funcionários que ganham um salário mínimo. Os prefeitos não teriam condições de arcar com um salário maior", justifica.