Como havia prometido - e avisado aos partidos aliados -, a presidente Dilma Rousseff começou a preencher cargos em agências reguladoras e órgãos técnicos, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com especialistas da área ou pessoas ligadas a ela. Para a presidência do Ibama, Dilma nomeou ontem o procurador federal Curt Trennepohl, que estava na Procuradoria Federal especializada junto à autarquia. Desde 1990, ele atuava no Ibama em cargos como o de superintendente no Rio, diretor do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis (RJ), e na Procuradoria Ambiental em Santa Catarina e Alagoas. Trennepohl segue a linha dos ambientalistas pragmáticos. Para ele, não se pode %u201Cesperar que a indústria tome qualquer iniciativa ambiental, pois a mesma sempre terá em mente o lucro%u201D. %u201CNo entanto, se a sociedade ameaçar o lucro, certamente a indústria tomará as medidas necessárias para mudar seus produtos, independente da regulação do poder público%u201D, afirmou o procurador em maio de 2010, em entrevista ao blog Observatório Eco, especializado em Direito Ambiental. Cabe ao Ibama a liberação de licenças ambientais de grandes obras de infraestrutura, como ferrovias, rodovias, hidrelétricas linhas de transmissão, portos e aeroportos. Dilma quer acelerar a liberação das licenças, principalmente de obras voltadas à Copa de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016. Agências Na quinta-feira, Dilma encaminhou ao Senado mensagens indicando dois novos diretores para as Agências Nacionais de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de Saúde Suplementar (ANS). Jaime César de Moura Oliveira, que deve ir para a Anvisa, está na Casa Civil, onde atua como advogado especializado em direito ambiental e biossegurança. Ele trabalhou com Dilma quando ela era ministra.