A composição do segundo escalão do governo de Minas Gerais, que será divulgada antes do feriado do carnaval, abrirá espaço para acomodar cinco ex-deputados estaduais não reeleitos. Fábio Avelar (PSC), primeiro suplente da legenda, será indicado para presidir a Fundação de Seguridade Social de Minas Gerais (Previminas) – entidade fechada de previdência privada, resultado da fusão das antigas entidades Fundação de Seguridade Social da Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais (Previcaixa) e Fundação de Seguridade Social de Minas Gerais (Fundasemg). Enquanto Gláucia Brandão (PPS), primeira suplente, vai para a subsecretaria de Estado de Desenvolvimento Social, comandada por Wander Borges (PSB), o ex-deputado estadual Ademir Lucas (PSDB), que está na quarta suplência do PSDB, deverá assumir uma diretoria da Copasa.
O ex-deputado Fahim Sawan (PSDB), atualmente o segundo suplente da legenda, será contemplado com uma posição em algum órgão ligado à Saúde. Também tem sido lembrado o ex-deputado Juarez Távora (PV), hoje primeiro suplente verde, depois que Rômulo Veneroso (PV) assumiu a cadeira no lugar de Agostinho Patrus (PV), nomeado secretário de Estado de Turismo.
Na formação do segundo escalão, há outros aliados políticos que concorreram à Assembleia Legislativa e não se elegeram que poderão ser chamados. Um deles é o ex-prefeito de Janaúba Ivonei Abade Brito (PSDB), quinto da fila, mas ainda não há definição de cargos. Há também expectativa de que pelo menos mais um suplente assuma uma cadeira na Assembleia. Não pelo momento, mas em maio, quando Elmo Braz Soares, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais se aposentar, Rodrigo Mattos (PSDB), primeiro na fila de seu partido, deverá ganhar a cadeira. Para a vaga de Elmo Braz está cotado o deputado estadual Mauri Torres (PSDB), que pleiteou a vaga no ano passado, quando a Casa preferiu indicar Sebastião Helvécio, que era do PDT.
Na Secretaria de Estado de Comunicação, o jornalista, publicitário e bacharel em direito Nestor de Oliveira assumirá a cadeira, em substituição a Washington Mello, que deixou o cargo no mês passado para ocupar uma diretoria cultural no BDMG. Para a presidência da Rede Minas, foi nomeado o jornalista Hugo Teixeira.
Ao fazer as escolhas, o governador Antonio Anastasia (PSDB) tem procurado mesclar nomeações políticas com escolhas técnicas de nomes de sua confiança pessoal. No primeiro escalão, esta foi a lógica. O PSDB ganhou três secretarias – Governo, Defesa Social e Ciência e Tecnologia. Os democratas ficaram com Transporte e Obras públicas e Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Enquanto o PDT recebeu a pasta do Trabalho e Emprego e manteve a Regularização Fundiária, o PSB assumiu o Desenvolvimento Social. O PPS ganhou a Saúde e a Gestão Metropolitana. O PP ficou o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte, e o PV, a pasta do Turismo. Os demais cargos, em que pese algumas vinculações partidárias, tiveram um forte viés técnico: Fazenda, Planejamento, Meio Ambiente, Educação e Cultura.