A Organização das Nações Unidas (ONU) realiza nesta segunda em Genebra sua sessão mais importante de direitos humanos no ano, com a situação na Líbia, no Oriente Médio e no Irã na mesa de discussão. A expectativa é ver como a diplomacia brasileira vai se posicionar e qual será a mensagem que Dilma Rousseff enviará à comunidade internacional.
O Brasil será representado pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, escalada para apresentar pela primeira vez no novo governo a visão do Palácio do Planalto na ONU. A ministra discursará no Segmento de Alto Nível do Conselho. O encontro com a cúpula da ONU terá a presença da secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, da chefe da diplomacia da Europa, Catherine Ashton, e de ministros do Irã Venezuela, China e Rússia.
O mais importante teste virá com a votação de um projeto sobre os direitos humanos no Irã. “Ainda que nos anos mais recentes o Brasil tenha apresentado justificativas de voto em que ressalta sua preocupação com situações específicas, isso não substitui um voto condenatório”, disse Iradj Roberto Eghrari, representante da Comunidade Bahá’í do Brasil. “Se Dilma de fato mudar o voto brasileiro, o País voltará à posição que defendia de 1996 a 1999 quando votava de maneira coerente com os valores e princípios da sociedade brasileira.” Um negociador britânico revelou a “satisfação” da Europa em ver o Brasil adotando posições mais próximas às democracias ocidentais. “Essa é uma grande notícia.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.