Depois de corte, ministros afirmam que investimentos serão mantidos
Logo depois do detalhamento da tesourada de R$ 50 bilhões no Orçamento da União para 2011, ministros colocaram panos quentes na situação afirmando que os investimentos principais de cada pasta serão mantidos. O anúncio dos cortes foi feito nesta segunda-feira, pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior.
O Ministério dos Transportes, um dos principais executores das obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), divulgou nota informando que os cortes não vão atingir as ações previstas no projeto. ''As ações incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento foram preservadas em sua integralidade, não havendo expectativa de entraves à sua continuidade'', afirma o documento. A pasta teve um corte de R$ 2,39 bilhões, de um Orçamento total de R$ 18,41 bilhões, o que representa 12,9% do total.
No Ministério da Educação, que perdeu R$ 3 bilhões em despesas discricionárias, o ministro Fernando Haddad afirou que os investimentos previstos para este ano serão mantidos e que a maior parte dos cortes será nas emendas parlamentares. Haddad afirmou que cerca de R$ 2 bilhões cortados serão de emendas e que a pasta ainda vai analisar quais tipos de despesa terá que cortar para fazer a economia referente ao R$ 1 bilhão restante.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que tentará manter os investimentos no Plano Nacional de Banda Larga e nos projetos de inclusão digital, mesmo com uma redução de 57% no orçamento de sua pasta.O Ministério das Comunicações teve um corte de R$ 603,2 milhões de um orçamento total de R$ 1,055 bilhão. ''Vamos trabalhar com o orçamento que foi dado. Com certeza, teremos que tirar alguma coisa, restringir, fazer adequações no orçamento. Mas considero isso normal, não tem como ser diferente'', disse o Bernardo.
Ministro do Planejamento durante o governo Lula, Bernando afirmou que não se sentiu abalado, pois até pouco tempo atrás era ele o responsável por anunciar os cortes. ''Sou o último a poder reclamar. Mas isso faz parte do jogo'', afirmou.
*Com agências