Leia Mais
Corte em emendas parlamentares provoca desgaste na relação com o CongressoCorte no Minha Casa pode abalar popularidade de DilmaLíder do PP compreende cortes, mas alerta governoPara Aloysio Nunes, corte mostra que ''a farra acabou''Depois de corte, ministros afirmam que investimentos serão mantidosOposição critica corte no Minha Casa, Minha VidaSarney defende corte em emendas parlamentaresAs bancadas mineiras do DEM, PPS e PSDB articulavam na segunda-feira um encontro para discutir o tema ainda nesta terça, às vésperas do feriadão de carnaval. Para o deputado democrata Marcos Montes, o contingenciamento é fruto de gastos desenfreados realizados durante o governo anterior. “O corte nada mais é que o resultado de um governo passado que exagerou nos gastos públicos como forma de manter a locomotiva de sua popularidade”, criticou.
Os cortes do Minha casa, minha vida foram o principal alvo das críticas na Câmara. O argumento do governo para reduzir de R$ 12,7 bilhões para R$ 7,6 bilhões o orçamento do programa é que o Congresso ainda não aprovou a fase dois do programa, alvo de Medida Provisória em tramitação na Câmara. Como MP tem força de lei, porém, o programa poderia continuar a ser executado e só teria algum problema se o Congresso derrubasse a proposta do governo.
Para ACM Neto (DEM-BA), o corte no programa habitacional é simbólico. "A presidente começa a descumprir uma das suas promessas de campanha ao cortar o programa Minha Casa, Minha Vida. Este foi um dos principais símbolos da campanha dela". O líder tucano, Duarte Nogueira (SP), criticou o corte no programa e em outras áreas sociais, como repasses para Apaes e para a construção de creches. "É um corte malfeito. Afeta investimentos e áreas sociais, o que é lamentável. Há corte no Minha casa, minha vida, nos recursos para Apaes e nas creches", citou. Ele criticou também a redução de investimentos. "O corte está acontecendo na expectativa de incapacidade do governo de realizar as ações. O governo está cortando investimentos em um momento no qual teremos um desaquecimento da economia, e os investimentos públicos seriam muito necessários".
ACM Neto afirma que o corte é decorrência dos gastos realizados pelo governo no período eleitoral. "Esse corte representa o preço que o Brasil está pagando pela eleição da Dilma, pela farra de gastança eleitoral no governo passado, que também era um governo dela. Foram estes excessos que geraram desequilíbrio fiscal", criticou.