Reunião com líderes e ministros excluiu PDT - Foto: AGÊNCIA BRASIL
A primeira reunião da presidenta Dilma Rousseff com os líderes de partidos da base aliada da Câmara começou no final desta quarta-feira sem a participação do PDT. Estiveram presentes mno encontro 15 líderes e os ministros da Casa Civil, Antonio Palocci, de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e o vice-presidente, Michel Temer.
O líder do PDT, deputado Giovanni Queiroz (PA), não foi convidado para a reunião. Queiroz votou contrário ao governo na aprovação do salário mínimo e o partido, embora integre a base aliada, não fechou posição favorável à proposta defendida pelo Planalto. Enquanto o governo defendia a aprovação de um salário mínimo de R$ 545, o PDT liberou a bancada para votar livremente o projeto de reajuste.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, disse, ao deixar a reunião, que a decisão de não convidar o PDT foi da própria Dilma. "Nós estamos num regime presidencialista. Essa decisão é do governo. Num regime presidencialista a decisão é sempre do presidente", resumiu.
O ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, negou uma retaliação à postura do PDT. "Foi uma reunião em que a presidente Dilma convidou 100% dos aliados a ela", justificou. "Não foi uma retaliação. Não trabalhamos com retaliação", ressaltou o ministro, acrescentando que, como prova disso, a presidente pretende reativar o Conselho Político, formado por líderes e presidentes de partidos, e que o PDT estará representado. "Quero reafirmar: o governo convidou os líderes. Foi um primeiro contato. E a grande novidade é que a presidente pretende restabelecer o Conselho Político", afirmou Luiz Sérgio.
O líder do PR, Lincoln Portela (MG), disse que a ausência do PDT na reunião não foi sequer comentada durante o encontro com a presidente. "A conversa foi tão natural que nem lembramos. Isso quem está me lembrando agora são vocês", afirmou, dirigindo-se aos jornalistas. Segundo ele, o PDT não está fora da base. "Ele é um partido da base, mas quem responde pelo PDT não sou eu". Ele disse também que a presidente fez um relato do programa Minha Casa, Minha Vida e informou que os cortes no orçamento não vão alterar o programa.