Na quinta-feira, os dois vereadores foram parar na delegacia. Cabo Júlio teria agredido a ex-mulher, Márcia Chanon, que chegou de surpresa na casa em que o casal vivia quando casados, no bairro Braúnas, região Norte da cidade, e o encontrou com a nova namorada, a delegada Fernanda. O vereador e a ex-mulher foram prestar depoimento na delegacia de mulheres.
Márcia afirma ter sido agredida pelo parlamentar e prestou depoimento com a intenção de enquadrar Cabo Júlio na Lei Maria da Penha. Já o vereador diz que, na verdade, apanhou, e mostrou escoriações pelo corpo. O episódio envolvendo Adriano Ventura ocorreu no bairro Santa Maria, região Noroeste da cidade. O vereador teria parado o carro na garagem da casa de Fernanda Moreira. Depois de discussão, teriam se agredido. Em sua página no twitter, o parlamentar disse que cinco viaturas da Polícia Militar foram colocadas para localizar seu veículo. A justificativa para tamanho esforço da polícia, conforme Ventura, é que Fernanda seria mulher de um capitão da PM. O carro do parlamentar foi encontrado em frente a uma rádio em que trabalha, no mesmo bairro, e apreendido por documentação irregular.
Repercussão
Na tarde desta sexta-feira Cabo Júlio e Adriano Ventura foram até a Câmara para explicar aos colegas sobre os problemas do dia anterior. Eles tiveram o tempo estendido durante o pinga-fogo para contar sua versão dos fatos. “Fiz questão de vir ao plenário pedir desculpas pelos acontecimentos da minha vida pessoal e que, lamentavelmente, ganharam uma dimensão muito grande. Quero me desculpar com meus companheiros pela exposição negativa que a Casa teve, espero que tudo fique bem esclarecido e superado”, afirmou Cabo Júlio.
Já Adriano Ventura, lamentou a forma com que o deputado Sargento Rodrigues criticou sua conduta e voltou a questionar a ação policial que, segundo ele, teve um número desnecessário no caso. “Foi muito triste ficar sabendo que um companheiro do legislativo se pronunciou sobre minha atitude, condenando o que fiz sem nem saber o que de fato se passou”, disse o vereador, pouco depois de prestar depoimento na ouvidoria da polícia. Os dois receberam apoio dos outros vereadores, que também criticaram a forma como o fato foi falado na Assembleia.