É o caso do projeto de Paulinho Motorista (PSL), que pretende transformar as ruas de mão dupla da capital em mão única. A ideia foi apresentada no mês passado. Como justificativa, o vereador relata que, a cada dia, são emplacados oito mil carros e as vias ganhariam mais fluxo com a mudança. Se é viável ou não ter ruas apenas de mão única, não há outros municípios que adotaram a proposta para servirem como exemplo. No entanto, Paulinho garante ter uma carta na manga: “Todas as ruas do Hipercentro de BH já são de mão única, o que mostra que é factível”. Se for necessário manter alguma mão dupla, a proposta determina que os sentidos da via sejam separados por barreira física.
A BH dos vereadores também não teria postes elétricos. Tramita em primeiro turno proposta de Fred Costa (PHS), recentemente empossado deputado estadual, que prevê a substituição de todo o cabeamento da cidade por uma rede subterrânea. Em sua justificativa, Costa leva em consideração o aspecto visual e a segurança: “Gera uma enorme poluição visual, além de ser extremamente perigoso, pois na época de chuvas, com caída de árvores e ventos fortes, alguns cabos se rompem”.
Tempo certo
Já os semáforos da capital, de acordo com projeto de Joel Moreira (PTC) que passa pelas comissões, devem ter temporizador com contagem regressiva. Para o vereador, a instalação da espécie de cronômetro nos sinais garantiria segurança aos pedestres e motoristas. “Ambos se sentem inseguros ao atravessar um semáforo, já que não sabem se ele vai fechar ou abrir”, descreve na justificativa. Juiz de Fora, na Zona da Mata, é um dos municípios que já adotaram a ideia.
Como o próprio apelido indica, legislar sobre o trânsito é mesmo a preferência de Paulinho Motorista, ex-condutor de ônibus. Tramita em primeiro turno também proposta que prevê a construção de vias suspensas. Em outras palavras, a Avenida Antônio Carlos, por exemplo, daria acesso a bairros e a via construída acima dela levaria o condutor diretamente de uma ponta a outra. “Para ter as ideias, percorro toda a cidade de carro. Observo e ‘plim’, vem uma ideia.”