Já Mantega foi taxativo na entrevista coletiva que concedeu semana passada, ao comentar a possibilidade de aumento de tributo. “Vamos reajustar a tabela, mas temos que fazer os cálculos. Provavelmente, a renúncia fiscal será de aproximadamente R$ 1,6 bilhão e temos que achar uma fonte para essa nova despesa. Então, ou a gente faz um ajuste em algum tributo ou fazemos nova redução de despesa”, disse Mantega.
Leia Mais
Mantega: corte de R$ 2 bi na Previdência é 'ridículo'Democratas criticam fala de Mantega sobre o mínimoMantega: mínimo de R$ 600 custaria mais R$ 16,5 biKassab propõe a Mantega renegociar dívida de SPDilma começa a nomear candidatos derrotados do PMDBLíder do PT garante que governo vai cumprir acordo de correção do IRO senador Paulo Paim (PT-RS), que intermediou a tentativa de um acordo entre governo e centrais sindicais para concessão de um salário mínimo superior aos R$ 545, disse que o assunto estará na pauta de uma reunião que a presidenta Dilma Rousseff terá com as centrais nesta sexta-feira (11). Para Paim, o ministro “soltou” essa declaração na entrevista coletiva da semana passada com a intenção de marcar posição diante das centrais sindicais.
“Na pauta com a presidenta Dilma um dos temas será a reivindicação de corrigir a tabela entre 5% a 6%. Na minha opinião, ele soltou essa frase de forma descompromissada. A melhor forma de se defender é atacar. Foi um recado às centrais de que o governo não quer que se eleve para mais de 4,5%”, afirmou o petista.
Quanto à oposição, o trabalho será ampliar as dissidências diante da proposta do governo, caso haja qualquer intenção de aumentar tributos ou ampliar cortes. O líder do Democratas no Senado, José Agripino Maia (RN), afirmou que cabe agora à oposição buscar “ajuda de parlamentares da base governista” para derrubar qualquer proposta do Executivo nesse sentido.