Além do PMDB, PT e PR também participarão da administração da Ceasa Minas indicando, respectivamente, as diretorias financeira e de operações. A influência maior do PR, no entanto, será no setor de infraestrutura. O partido assumirá a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Na prática, com as indicações, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), conseguiu manter com o partido a principal estrutura da pasta em Minas. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), no entanto, ficará com o PP, que terá ainda a diretoria de administração da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig). Coabitará a estatal o PMDB, que assegurou a diretoria comercial da empresa.
Ao PT foi reservada a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por onde passa a maior parte dos recursos federais para o setor, além de convênios com estados e municípios. Como o ministério, que era da cota do PMDB, foi transferido para o PT (o comando da pasta ficou com Alexandre Padilha), o partido, assim como ocorreu no setor de transportes, com o PR, conseguiu manter sob seu comando o principal braço federal do setor em Minas.
O partido da presidente Dilma terá ainda a representação do Ministério da Agricultura, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). No setor de energia, o PT terá o comando da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Grande BH. Conforme Reginaldo Lopes, a divisão dos cargos teve como critério o tamanho das bancadas dos partidos na Câmara dos Deputados.