A presidente Dilma Rousseff buscou, durante a reunião dessa sexta-feira com representantes das centrais sindicais, tornar o mais ameno possível o clima com o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT), presidente da Força Sindical. Líder do PDT na Câmara, o deputado defendia o salário mínimo de R$ 560 e liderou um movimento rebelde no partido contra a proposta do governo de R$ 545, que acabou vitoriosa.
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Presidente da Câmara apoia proposta de correção de 4,5% da tabela do IRCarvalho: deve haver correção do IR nos próximos anosCentrais dizem concordar com correção de 4,5% do IRMovimentos sindicais entregarão carta aberta a ObamaNa saída da reunião, Paulinho não conseguiu disfarçar que o afago teve efeito. "Ela serviu café, água, suco...E disse que vai nos levar para almoçar com o Obama porque, no governo dela, sindicalista também tem vez", disse.
Na cerimônia de assinatura da portaria que garante assentos nas estatais a representantes dos trabalhadores, a presidente lamentou a ausência de Lula, ex-sindicalista. "Falta, sem dúvida, uma pessoa, que é o presidente Lula, porque ele lutou muito por esta lei. Eu sou testemunha da quantidade de vezes que ele perguntava para o Paulo Bernardo: "E aí, ô Paulo, a minha... a regulamentação da participação dos trabalhadores no Conselho das empresas?", disse.
Com a regulamentação da lei, as estatais federais com mais de 200 funcionários em seus quadros estão obrigadas a levar um trabalhador aos seus conselhos. Pelas contas do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), enquadram-se nesse perfil 59 estatais. Significa dizer que os sindicatos ganharam o direito de indicar quase seis dezenas de "conselheiros".