Assunção - Com o governo da presidente Dilma Rousseff, o cenário é muito mais favorável para o Paraguai do que com Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira o diretor paraguaio da usina hidroelétrica binacional de Itaipu, Gustavo Codas.
Codas destacou que o governo do presidente paraguaio Fernando Lugo espera do novo governo brasileiro "um gesto de compromisso" para que os 31 acordos assinados com Lula em 2009 sejam cumpridos.
Alguns ainda precisam ser ratificados pelo Congresso brasileiro.
"Eles (a bancada governista) tem a maioria nas duas casas. Estou convencido de que teremos novidades nos próximos dias", afirmou.
Entre os acordos firmados pelos dois países, está o aumento da compensação pela venda de energia, que o Brasil prometeu triplicar dos atuais 120 milhões de dólares por ano, chegando a 360 milhões.
A outra reivindicação aceita por Lula - que ainda precisa ser ratificada no Legislativo - é que o Paraguai disponha livremente de sua parte na produção energética da usina para vender a outros países.
O tratado de Itaipu obriga os paraguaios a ceder sua parte da energia para o Brasil.