O senador Pedro Simon (PMDB-RS) espera, como resultado da reforma política em curso no Congresso, que o voto obrigatório seja mantido no país, mas que se acabe com a possibilidade de reeleição para presidente, governadores e prefeitos. Os dois temas serão discutidos nesta semana pela Comissão de Reforma Política.
Com a experiência de 50 anos de vida pública e exercendo seu quarto mandato de senador, Simon mostra grande disposição para contribuir para o aperfeiçoamento da representação política no país. Mesmo não tendo sido indicado para compor a comissão, ele demonstra grande interesse em participar dos debates na Casa.
Para Simon, os dois outros temas da semana na comissão - suplência de senador e mudança da data da posse de chefes do Executivo - estão em posições opostas em termos de dificuldades de entendimento. O primeiro é um assunto "muito complicado", objeto de longas discussões no Senado, sem sucesso. O segundo, ao contrário, conta com o apoio de todos e deve ser resolvido com facilidade, acredita ele.
Mesmo considerando "interessantes" os quatro temas da semana, Simon afirma não serem aspectos essenciais para uma reforma política. Na opinião do senador, a sociedade quer ver equacionados assuntos como a forma de eleição dos deputados e os problemas referentes a partidos políticos, o que inclui tratar de questões como cláusula de barreira, "para que o país não fique como hoje, com 30, 40 partidos".