O problema é que setores da direção do partido desconfiam do movimento de Garcia. Por sua proximidade com Kassab, acreditam que ele está, na verdade, operando em favor do aliado. Como as articulações tocadas pelo prefeito para organizar seu futuro fora do DEM - com PSB e PMDB - têm esbarrado em dificuldades, uma opção seria manter aliados, como Garcia, em cargos estratégicos no partido.
Nesse caso, o alvo principal seria preservar o controle regional do DEM para garantir influência na sucessão municipal. A eleição paulistana em 2012 é estratégica para que Kassab se fortaleça na tentativa de chegar ao governo de São Paulo em 2014. E é isso que setores do DEM desconfiam que possa estar por trás da decisão de Rodrigo Garcia e de outros deputados paulistas ao optarem pela permanência.
Garcia nega que esteja fazendo um movimento coordenado com o prefeito paulistano e lembra que tem mais tempo de filiação que o próprio Kassab.