O ex-senador admitiu a possibilidade de que PSDB, DEM e PPS se unam em um único partido num futuro próximo. "Eu acho que a médio prazo, havendo continuidade desses movimentos, sim (podemos nos unir), porque a tendência no Brasil hoje é de cooptação. Político se coopta através de vantagens, e cada vez se tem menos políticos de oposição", disse. "Prefeito com discurso de oposição, por exemplo, não existe mais. Governador de oposição está difícil. E parlamentar agora está ficando raro. Então, pode ser um destino unir no mesmo lugar aqueles que têm uma linha e acreditam na necessidade para a democracia brasileira de fazer uma oposição correta."
De acordo com Jereissati, essa chance de união entre os partidos de oposição ainda é uma tese, embora ele já tenha ouvido falar sobre a possibilidade. "Existem diferentes linhas de oposição e, por enquanto, isso não é o ideal. Mas à medida que as coisas vão se desenvolvendo assim, na base de 100% de cooptação, quem tem um pouco de convicção e compromisso acaba se juntando ao redor desses compromissos."
Na avaliação dele, o PSDB precisa neste momento formular uma nova agenda para o País. "Eu acho que o PSDB tem uma grande missão neste momento. A agenda do PSDB prevaleceu nos últimos anos: a ideia de uma reforma política, de grande disciplina fiscal, de câmbio livre, de meta de inflação, toda nossa agenda foi implantada. O momento é outro, e agora nós precisamos de uma nova agenda", disse.
Na opinião do ex-senador, o deputado Sérgio Guerra (PE) deve continuar na presidência do partido. "Hoje esse processo está bastante avançado e existe um consenso em torno do nome dele. Não vejo por que mudar", afirmou. Para Jereissati, a ideia de criar um conselho político no PSDB é "interessante".