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Conselho de Ética da Câmara reelege o presidente José Carlos Araújo PSOL apresenta representação contra deputada Jaqueline RorizMaia encaminha caso Jaqueline Roriz à CorregedoriaMaia espera informações do MP sobre caso Jaqueline Roriz para iniciar investigaçõesDefesa de Jaqueline pede que caso não seja investigadoDeputados querem ouvir Durval sobre Jaqueline RorizCorregedoria vai tentar notificar Jaqueline Roriz pela 3ª vez nesta sextaMPF pede que STF encaminhe à Câmara dados do caso Jaqueline RorizO deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) já sugeriu durante a reunião que Durval seja convidado para prestar depoimento no Conselho. Os deputados questionaram ainda o benefício de delação premiada ao ex-secretário e o fato de os vídeos estarem sendo divulgados aos poucos. "É preciso que ele divulgue tudo que tem. Isso é uma chantagem contra o povo brasileiro", concordou Araújo.
O pedido protocolado pelo PSOL será encaminhado à Mesa Diretora da Casa para ser numerado. Cumprido este trâmite burocrático, Araújo convocará nova reunião para a instalação do processo, o que deve ocorrer na próxima semana. O prazo final para que Jaqueline renuncie para escapar da investigação se encerra no dia anterior ao que for marcado para a abertura do processo. Com a Lei da Ficha Limpa, porém, a deputada pode se tornar inelegível caso escolha o caminho da renúncia.
Processo
Araújo destacou que, independentemente da conduta de Jaqueline ser anterior ao mandato atual, o Conselho terá de abrir o processo porque o pedido foi protocolado por um partido político. Entendimento de 2007 do Conselho avalia que não se pode punir parlamentar por casos anteriores ao mandato, mas o caso de Jaqueline tem sido visto como diferente porque a divulgação só ocorreu agora.
O deputado Silvio Costa (PTB-PE), suplente no colegiado, já ironizou a possibilidade de se utilizar o argumento de tempo para absolver Jaqueline. "Estou escutando nos corredores que erros do passado não serão julgados aqui. Acho que isso é um tiro no pé. Com todo respeito a igrejas evangélicas, mas tem aquele caso do cara que passa a vida toda pecando e depois vira santo, me parece que esse Conselho não tem vocação para ser este tipo de igreja".
O presidente do Conselho deve anunciar na data de instalação do processo o nome do deputado que vai relatar o processo contra Jaqueline. Araújo disse que procura alguém "acima de qualquer suspeita" para relatar o tema. A preferência é por algum parlamentar que já tenha experiência na Casa e, preferencialmente, que tenha feito parte do Conselho na legislatura anterior.
A representação do PSOL enfoca o envolvimento da deputada no escândalo do "mensalão do DEM". Em manifestação nesta semana, Jaqueline afirmou que o dinheiro recebido de Durval era caixa dois de campanha. O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), cobrou que se faça uma investigação eficiente e rápida. Ele lamentou que a deputada tenha pedido licença médica da Casa e lembrou que o Conselho já enfrentou muitas manobras protelatórias em outros casos.
Além do pedido de investigação no Conselho de Ética, já tramita na Casa outra apuração sobre a conduta da deputada na Corregedoria da Casa. Neste órgão, além da denúncia sobre o mensalão do DEM, será apurado o possível uso irregular de verba indenizatória pela deputada. Ela teria usado recursos da Câmara para pagar o aluguel de um imóvel que pertence ao seu marido.