Jornal Estado de Minas

Frente parlamentar quer incluir sociedade civil no debate sobre reforma política

Agência Brasil
Representantes da Frente Parlamentar Mista para Reforma Política com Participação Popular estiveram nesta quinta-feira com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para reivindicar que o debate sobre o tema envolva também a sociedade civil.
Com a criação da frente, que será lançada oficialmente no dia 23 de março, haverá três fóruns para discutir a reforma política. Tanto o Senado como a Câmara criaram comissões independentes para tratar do assunto.

De acordo com o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), um dos coordenadores da frente, o trabalho será feito de forma paralela ao das comissões, sem que haja sobreposição. "A frente não existe para se contrapor aos trabalhos da Câmara e do Senado. Queremos debater com profundidade o sistema político e eleitoral do país e apresentar contribuições", afirmou.

"Vamos apresentar outras sugestões para as comissões e aos plenários da Câmara e do Senado e pressionar os parlamentares de diversos partidos para que aprovem as propostas que estejam sintonizadas com os anseios da população”, acrescentou o senador.

Apesar de ser contrário, neste momento, à participação da sociedade civil no debate em torno da reforma, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), considerou positiva a criação da frente. Para ele, o melhor momento para abrir a discussão com a sociedade será após o desfecho dos trabalhos das duas comissões.

"Acho positivo, uma vez que conseguimos colocar a reforma política no meio do debate nacional como prioridade. Hoje se movimentam o Senado, a Câmara, a frente e todos querendo participar para encontrar um terreno comum em que se possa fazer a reforma política."

Entre as entidade da sociedade civil que integram a frente estão a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), entre outras.