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Deputados querem ouvir Durval sobre Jaqueline RorizCorregedoria vai tentar notificar Jaqueline Roriz pela 3ª vez nesta sextaMPF pede que STF encaminhe à Câmara dados do caso Jaqueline RorizFilha de Roriz recebeu dinheiro sujo, diz Durval BarbosaCarlos Sampaio será o relator do caso Jaqueline Jaqueline Roriz é notificada sobre propina e tem cinco dias para apresentar defesaMP investiga participação de Celina Leão em esquema fraudulentoMP do DF entra com nova ação na Justiça contra Jaqueline e marido Jaqueline Roriz 'desaparece' e será notificada via DiárioPresidente de Conselho vê Jaqueline como 'ré confessa'A confissão de Jaqueline de que o dinheiro do vídeo é caixa dois de campanha serviu como combustível para o episódio. Era uma estratégia dos advogados para aliviar as complicações jurídicas que a deputada enfrentará. O problema é que a tática produziu o efeito colateral de aumentar o desgaste político para ela. Os colegas de Câmara se apegam a dois pontos para justificar a mudança de postura. Um deles, a própria declaração de culpa da deputada. O outro, que a situação de Jaqueline seria diferente da dos mensaleiros de 2007.
Indulto
Um dos argumentos usados pelo ex-deputado José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça, quando indicou falta de competência da Câmara para processar deputados acusados de malfeitorias antes da legislatura em curso, é o de que os fatos eram de notório conhecimento público. Se os políticos, mesmo sob suspeição foram reconduzidos para a Câmara, significa que tinham sido absolvidos pelo próprio eleitor, ganhando uma espécie de indulto. No caso de Jaqueline, essa justificativa não se sustenta. O vídeo dela é de 2006, mas só agora veio a público. “Essa denúncia ficou debaixo do tapete. Se essa história tivesse vindo à tona antes da eleição, qual seria o comportamento dos eleitores?”, questiona o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PDT-BA).
Para Ricardo Izar (PV-SP), também integrante do Conselho, as provas da videoteca de Durval são graves. “Sinto que a vontade dos conselheiros é a de fazer a apuração correta, em cima dos fatos. Não acredito em pena alternativa. Ela será liberada pela brecha de o fato ter ocorrido antes do mandato ou será punida com a cassação.” Outro conselheiro, que prefere preservar a identidade para não indicar pré-julgamento, diz que o caso de Jaqueline será um marco da atual legislatura. “As cenas são determinantes, o tempo não apaga nenhuma imagem. O caso dela é típico de cassação.” Integrante do Conselho de Ética por indicação do PSC, Sérgio Brito acha que “apesar de haver jurisprudência contrária dentro da própria Câmara, os deputados devem levar o caso da deputada adiante”.