Leia Mais
Com Dilma, relação do Brasil com EUA dá sinais de reaproximaçãoObama receberá de Dilma Rousseff coleção de fotos do Rio de JaneiroPresidente Barack Obama desembarca na Base Aérea de BrasíliaDilma sinaliza que quer superar divergências partidáriasVisita de Obama é o reconhecimento do papel do Brasil no novo protagonismo mundialCúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos está reunida em BrasíliaDilma e Obama se reúnem a portas fechadas antes de entrevista coletivaDilma aguarda no Planalto chegada de ObamaA chegada do presidente Obama impõe ao Itamaraty a maior fatia das despesasVisita de Obama: Entrevista com o Diplomata Craig KellyPão de queijo terá destaque em coquetel para ObamaDa parte do governo brasileiro, entretanto, há todo o cuidado em afirmar que a visita não pode ser vista como indício de guinada na política externa. Apenas uma "mudança de estilo" e de "personalidade", conforme classificam os diplomatas. Mas ninguém nega a colocação privilegiada de Dilma no tabuleiro internacional e como aliada preferencial dos Estados Unidos no Mercosul. E por várias razões: dos Brics — o grupo Brasil, Rússia, Índia e China — o Brasil é único ocidental, capaz de uma interlocução mais fluida com os americanos. São dois países multinacionais, multirraciais, que têm eleições periódicas, alternância de poder e uma base de valores comuns. Além disso, há vários interesses comerciais de ambas as partes, como o petróleo do pré-sal e o etanol.
Dilma tem consciência desses interesses e de seu papel. E, ciente de suas potencialidades pessoais e do país, começa a montar a agenda internacional. Este mês, irá ao Paraguai para comemorar o aniversário do Mercosul e receberá o presidente da Venezuela, Hugo Chavez. Em abril, fará ainda uma visita de estado ao Chile, antes da reunião dos Brics, na China.
Quanto aos Estados Unidos, há da parte do governo brasileiro o cuidado em não deixar que as discussões sobre a inclusão do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, ou mesmo as questões econômicas ligadas ao etanol, sejam vistas como ponto de partida para avaliar o sucesso da visita. Afinal, é o primeiro contato mais direto entre Dilma e o presidente dos Estados Unidos. E a vontade de todos é a de que a conversa de hoje no Planalto seja uma estreia positiva de Dilma como "global player".