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Estado de Minas NOVA EXECUTIVA

Novo líder do PSDB em Minas deve ampliar o comando do partido no estado


postado em 19/03/2011 08:57 / atualizado em 21/03/2011 15:53

Marcus Pestana: será esforço de fortalecimento do partido respeitando os aliados históricos (foto: GUILHERME BERGAMINI - 07/04/2010 )
Marcus Pestana: será esforço de fortalecimento do partido respeitando os aliados históricos (foto: GUILHERME BERGAMINI - 07/04/2010 )
O novo presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana, assume o cargo na segunda-feira com objetivos conflitantes a cumprir. Ao mesmo tempo em que tentará trabalhar para ampliar o número de prefeituras tucanas nas eleições de 2012 – a legenda governa hoje 148 municípios em Minas Gerais – será obrigado a ter habilidade suficiente para evitar melindrar partidos da ampla base que elegeu o governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB), que também têm projetos para a disputa do ano que vem. A aliança em torno do tucano reuniu, no ano passado, 12 partidos, além do PSDB: PP, PDT, PTB, PSL, PSC, PR, PPS, DEM, PSDC, PMN e PSB. “Nem sempre os interesses partidários são convergentes”, argumenta Pestana.

Da ampliação das prefeituras do partido e da manutenção dos aliados depende o principal objetivo dos tucanos mineiros: eleger presidente da República, em 2014, o senador Aécio Neves. “Será um esforço de fortalecimento do partido respeitando, ao mesmo tempo, nossos aliados históricos”, diz Pestana.

Eleito deputado federal, o novo presidente estadual do PSDB é bastante conhecido dos prefeitos. Ocupou, nos governos de Aécio Neves e de Anastasia, o cargo de Secretário da Saúde, uma das pastas responsáveis pela assinatura de grande parte dos convênios fechados entre municípios, estado e União. Durante campanhas – antes de se eleger deputado federal, Pestana venceu duas eleições para a Assembleia Legislativa – foi acusado por candidatos de partidos aliados de não agir lealmente, entrando em bases eleitorais de correligionários. “Não é verdade. A prova é que disseram que eu teria mais de 500 mil votos na disputa para a Câmara dos Deputados, mas tive bem menos, 160 mil”, argumenta o parlamentar.

PROJETO

Pestana amenizou a declaração do novo presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), que, na quinta-feira, afirmou ser “um mito” a especulação de que o partido estaria atrelado à tentativa de Aécio Neves de se eleger presidente da República em 2014. “Eu vi a declaração. O senador não quis dizer nem que está de um lado, nem de outro. Frisou que há convergência com o PSDB, que é social democrata, e que quer preencher um espaço para um projeto liberal que existe no Brasil”, disse Pestana.

A chapa única que participará da convenção de segunda-feira, quando Pestana será confirmado no comando do partido, é formada ainda pelo também deputado federal Domingos Sávio, que exercerá as funções de vice-presidente, e o colega de ambos na bancada em Brasília, Paulo Abi-Ackel, que será o tesoureiro do partido no estado. O mandato é de dois anos.


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