Jornal Estado de Minas

Obama fala em reforma da ONU, mas não cita cadeira permanente para o Brasil

Agência Brasil
Os Estados Unidos não apenas reconhecem a ascensão do Brasil como apoiam a inserção cada vez maior do país no cenário internacional, disse neste sábado  o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O líder norte-americano, no entanto, não expressou apoio explícito à pretensão do Brasil de assumir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
“Continuamos a trabalhar com Brasil para que reformas permitam tornar o Conselho de Segurança um órgão mais eficiente e eficaz”, limitou-se a dizer o presidente dos Estados Unidos. Ele afirmou ainda que o Brasil é um dos países líderes nas iniciativas para a governança aberta e transparente das Nações Unidas.

Apesar da cautela em relação à ampliação do Conselho de Segurança, Obama citou avanços na política externa brasileira. No discurso no salão leste do Palácio do Planalto, ele ressaltou as recentes reformas que fortaleceram a posição brasileira nos organismos multilaterais, como o G20, grupo das 20 maiores economias do mundo. “Os Estados Unidos não apenas reconhecem a emergência do Brasil, como apoia essa emergência. Por isso, transformamos o G20 no principal fórum econômico para que o Brasil tenha voz mais potente”, afirmou Obama.

Em relação à segurança, o presidente norte-americano mencionou o trabalho conjunto dos dois países para enfrentar a crise humanitária no Haiti, as parcerias para combate ao tráfico de drogas e anunciou a criação de um centro conjunto de segurança nuclear.

Obama destacou a assinatura de acordos nas áreas de ciência e tecnologia, comércio e intercâmbio acadêmico. Segundo ele, essas parcerias resultarão em oportunidades para os dois países:“Lançamos bases para uma cooperação que durará décadas”.