Leia Mais
Antes das eleições, CEF erra e paga Bolsa Família maiorConfederação alerta para empréstimos do PAC 2Dilma paga contas de Lula e ajuste fiscal atinge PAC"A Caixa vai fiscalizar se a obra está sendo feita, medir o que foi executado e pagar a parcela equivalente ao que foi feito. Hoje a burocracia existente é uma loucura. O prefeito não consegue fazer uma obra", afirmou o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO). Os líderes reclamam que a Caixa controla hoje todo o processo de execução da obras, das medidas técnicas, passando pela licitação e à autorização do contrato.
Pelo formato discutido com o ministro, a Caixa também não poderá mais ficar com o porcentual de 2,5% de todo o valor da obra de uma única vez, mas passará a descontar sua parte de acordo com as parcelas que transferir ao município. Atualmente, ela fica com os 2,5% de todo o contrato no início, independentemente, de fazer os pagamentos parcelados.
Emendas parlamentares
Além das mudanças na Caixa, os líderes não aceitam o cancelamento da liberação de recursos incluídos em orçamentos da União dos últimos três anos por meio de emendas parlamentares. Eles insistem na manutenção da validade do chamado "restos a pagar" relativos aos orçamentos de 2007, 2008 e 2009.
O decreto de 31 de dezembro de 2010 estabelece que os restos a pagar não processados desses três anos perderão a validade no dia 20 do próximo mês. Essa determinação exclui as despesas do Ministério da Saúde e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Líderes da base estimam em R$ 60 bilhões o dinheiro de emendas referentes aos restos a pagar dos três anos.
A minuta do decreto em discussão entre os aliados e o governo prevê a prescrição no prazo em cinco anos, contados a partir de 31 de dezembro de cada ano, seguindo a regra sobre prescrição de dívidas com a União. O governo pediu que cada ministério faça um levantamento das obras autorizadas e em andamento. O ministro Luiz Sérgio prometeu uma resposta em dez dias.
"A resposta para nós é concluir as obras já começadas e pagar as que faltam pagar", disse Jovair Arantes. O líder afirmou que os casos nos quais os prefeitos já concluíram as obras e não receberam do governo federal somam R$ 286 milhões. "Esse levantamento está pronto", disse. A intenção, segundo o líder, é fazer um projeto de lei autorizando o crédito suplementar para pagar essa dívida da União com os municípios.