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Deputado Jayro Lessa é acusado de usar recursos públicos na campanha e pode perder a vaga na AssembleiaLessa reverte desvantagem e passa a liderar disputa pelo governo de AlagoasIbope aponta vantagem de Vilela sobre Lessa em ALNove cidades de Alagoas estão envolvidas em desvio de verba, diz PFO MPE-AL solicitou a imediata declaração de indisponibilidade de bens móveis e imóveis dos réus, como forma de garantir o ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos. Além disso, os promotores apresentam como pedido principal a desconstituição dos atos administrativos e a condenação dos dois gestores nas Leis 7347/95 e 8429/92, que regem os atos de improbidade administrativa. De acordo com o Ministério Público, se forem condenados, eles também terão os direitos políticos suspensos e perdem as funções públicas que estejam exercendo.
As investigações foram motivadas pelas denúncias formuladas ao Ministério Público Federal e Estadual pelo empresário paulista Antonio Carlos de Morais, um dos credores das Letras. Ele alega ter tido um prejuízo estimado em R$ 14 milhões e apresentou documentos mostrando que algumas empresas foram beneficiadas com tratamento privilegiado no pagamento do deságio, em alguns casos chegando até mesmo a 60%.
No entendimento do MPE-AL, o Estado recolheu as Letras com deságio e assim mesmo não cumpriu com o que ficou estabelecido em negociação com o governo federal, que os recursos deveriam ser aplicados no pagamento dos credores que receberam as notas emitidas em 1995. "Parte do dinheiro arrecadado foi destinada ao pagamento da folha de servidores estaduais e de salários atrasados. Além disso, os recursos serviram também para custear investimentos, precatórios e contrapartidas, de acordo com o documento Programa de Reajuste Fiscal do Estado de Alagoas, publicado por aquele governo em 2002", afirmam os promotores.
Resposta
Lessa lamentou a "decisão equivocada" do MPE-AL e disse que os promotores trataram o caso com "pirotecnia". "Lamento que o Ministério Público Estadual, que deveria cumprir o seu papel de defender os interesses do povo, tenha se equivocado dessa maneira nessa questão das Letras", afirmou. "Tenho certeza que por trás dessa decisão do MPE estão pessoas ligadas ao governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), defendendo interesses escusos para querer me prejudicar. Mas nada do que fiz foi errado e vou provar na Justiça", acrescentou. O ex-secretário Sérgio Dória não foi localizado para comentar o assunto.