Apesar de, ainda que momentaneamente, ter alcançando outro cargo na prefeitura, o PT é o partido que mais vem perdendo espaço na administração municipal. Depois da saída do secretário municipal de Saúde, Helvécio Magalhães, substituído pelo tucano Marcelo Teixeira, a legenda teve novo revés exatamente na regional Centro-Sul, que era ocupada por Fernando Cabral, ex-petista que migrou para o PSB alegando falta de defesa do ex-partido para que continuasse no cargo. Lacerda já ensaiava trocar o secretário, que avaliava estar “desmotivado”. Um dos fundadores do PT, Cabral assumirá cargo no governo do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB).
O PDT também já foi atraído por Lacerda. O prefeito prometeu entregar à legenda a Secretaria Municipal do Trabalho, criada com a reforma administrativa que vem sendo implementada na PBH. Falta, no entanto, o nome de dentro do partido que ocupará o cargo.
O próximo posto a ser utilizado na estratégia de Lacerda poderá ser o de secretário municipal de Políticas Sociais, atualmente ocupado por Jorge Nahas. Ambos teriam se desentendido e o petista já estaria prestes a ocupar cargo na área social do governo federal. A Regional Nordeste, ocupada por Cláudio Vilela (PPS), também tende a virar massa de manobra para o prefeito. Lacerda já avisou que candidatos nas eleições do ano que vem não poderão seguir nos cargos e Vilela já demonstrou interesse em disputar vaga na Câmara Municipal.
Líderes
O prefeito vem conversando ainda com os chamados partidos nanicos, entre os quais o PTdoB e o PRB. A avaliação é que são legendas que alcançaram resultados expressivos nas últimas eleições por terem capilaridade na capital. O PTdoB, por exemplo, conseguiu eleger deputado federal o vereador Luis Tibé, liderança de expressão, sobretudo na Região Nordeste de Belo Horizonte. Já o PRB tem como principal expressão também o ex-vereador João Vítor Xavier, que se elegeu deputado estadual.