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Ministros do STF reconhecem que decisão tomada hoje valerá para todos os recursos STF dá início à sessão que vai julgar a Lei da Ficha Limpa Ex-ministros do STF divergem sobre a Lei da Ficha LimpaProcurador-geral vai defender Ficha Limpa em julgamento no STFOAB afirma que decisão do STF sobre Lei da Ficha Limpa "frustra a sociedade"Senadora vê descompasso entre STF e sociedade na decisão sobre a Ficha LimpaSTF decide que Lei da Ficha Limpa não valeu para eleições de 2010Ministro Fux vota contra validade da Lei da Ficha Limpa para eleições de 2010“Não pode ser coerente o argumento adotado pelo TSE de que é aplicável em 2010, por ter sido aprovada antes das convenções partidárias. Esse sequer é o conceito de processo eleitoral presente na jurisprudência do Supremo", disse Mendes.
Segundo o ministro, o processo eleitoral começa muito antes das convenções partidárias, em outubro do ano anterior às eleições, quando começam a ser formadas as coligações. “ é algo muito mais complexo e até as pedras sabem disso”.
Um dos pontos novos trazidos ao debate por Gilmar Mendes foi o caso do político Leonídio Bouças, cuja inelegibilidade devido à condenação por improbidade administrativa está em julgamento hoje.
De acordo com Mendes, muitos não perceberam que a lei determina que o afastamento das urnas pode ser motivado por uma decisão de órgão colegiado, mas que o período de oito anos de inelegibilidade só começa a ser contado a partir do trânsito em julgado, ou seja, quando a decisão for confirmada em última instância.
“Essa lei, a toda hora, nos surpreende. Eu não tinha percebido, mas ela tem uma conotação que, talvez, tenha escapado a muitos ditadores, em termos de ter uma aplicação retroativa. Dependendo do tipo de pena que tenhamos, aqui temos pena perpétua. Não sei se os autores da lei tiveram essa intencionalidade. Não consigo nem imaginar que tenha sido essa a intenção, mas se foi, é algo a ser analisado pela psiquiatria jurídica”, disse Mendes.
Neste momento, o ministro Luiz Fux começa a proferir seu voto.