Em entrevista ao jornalista da emissora portuguesa TV Sic, Miguel Sousa Tavares, a presidente Dilma Roussef disse, a tarde desta quarat-feira, que "é muito importante" que o Congresso aprove a Comissão Nacional da Verdade, que irá apurar e acompanhar as denúncias de violações de direitos humanos cometidas durante o regime militar no Brasil. "Eu confio que será aprovada. Eu confio no meu apoio parlamentar", declarou Dilma na entrevista, que durou cerca de 45 minutos e será exibida no domingo.
Ao ser indagada sobre os problemas que os governantes brasileiros enfrentam por terem grande popularidade mas pouco apoio no Congresso, precisando negociar a cada votação, a presidente Dilma, segundo o jornalista, concordou que é um problema sério ter de negociar a cada votação. Dilma comentou ainda que, quando um governante assume o poder, ele tem de tomar medidas duras nos primeiros meses, citando, em seguida, a decisão de manter o salário mínimo em R$ 545 e determinar o corte no orçamento de R$ 50 bilhões.
Dilma, questionada sobre sua relação com figuras polêmicas como José Sarney, presidente do Senado, e Fernando Collor, presidente da Comissão de Relações Exteriores, do Senado, falou de sua relação institucional com eles, justificou que quem estiver de acordo com o seu projeto político será bem vindo. E emendou: "o Brasil é um país de grandes diversidades e quem não entender estas diversidades não pode governar um país como o Brasil".