A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu nesta semana e enviou à Polícia Federal, ao Ministério Público e à Comissão de Ética Pública da Presidência da República auditorias sobre o conjunto de denúncias envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra e alguns de seus familiares. Erenice, que era o braço direito da presidente Dilma Rousseff, é acusada de tráfico de influência.
Em um primeiro momento, os Correios mantinham um contrato com a MTA na linha entre São Paulo e Manaus, sob o valor de R$ 1,99 por quilo. Em seguida, os Correios firmaram outro contrato, também com a MTA, na rota entre Brasília e Manaus, ao preço de R$ 3,70 por quilo. O valor que partia da capital federal era maior, apesar da distância e tempo de voo menores, porque o volume embarcado era mais reduzido.
As inspeções in loco realizadas pela CGU nos depósitos e terminais dos Correios nos aeroportos detectaram que a empresa estava encaminhando, por caminhão, grandes quantidades de carga de São Paulo para Brasília, de onde era embarcada, nos aviões da MTA, para Manaus.
Diante das constatações, a CGU recomendou aos Correios a instauração de procedimento apuratório para identificar os causadores dos danos e quantificar valores das multas a serem aplicadas, bem como valores pagos a mais à MTA, para efeito de cobrança de ressarcimento.