Além de garantir a recuperação de parte dos recursos escoados pelo ralo da sonegação de impostos, a marcação cerrada contra fraudadores (veja quadro nesta página) tem ajudado a desmontar esquemas comuns em setores-problema em Minas Gerais. Só em duas operações, que tiveram como alvo os ramos de distribuição de combustíveis e da siderurgia, R$ 150 milhões foram devolvidos aos cofres do Estado, ajudando a reduzir as perdas na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
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Ranking mostra as empresas em Minas que mais devem ICMSMinas confisca R$ 530 milhões da máfia do ICMSOutro ramo em que a sonegação de impostos que está sofrendo grande revés é o segmento de ferro-gusa. A chamada Operação Divino investigou oito empresas em Divinópolis, na Região Centro-Oeste. Elas foram acusadas de sonegação fiscal e apropriação de recursos tributários. Ao todo, as siderúrgicas tinham uma dívida em torno de R$ 70 milhões. Uma das formas de atuação era a falsificação de escrituras e registros imobiliários. Assim, o grupo garantia empréstimos em bancos e financeiras enganando a Fazenda Pública com o parcelamento de dívidas acumuladas em razão da sonegação de tributos, em especial, o ICMS.
Enquadrada pela Justiça, somente a Siderúrgica Álamo Ltda. quitou uma dívida de R$ 29 milhões, conforme acordo judicial feito pela AGE. Das outras empresas, foram bloqueados R$ 32 milhões em imóveis e mais R$ 5 milhões em veículos e um avião, totalizando R$ 37 milhões, usados para pagamento da dívida. Pelo acordo, o saldo remanescente foi parcelado em 120 vezes.