Após uma debandada de nomes de peso em São Paulo por conta do anúncio da criação do PSD, o DEM deve perder mais um feudo paulistano. Durante a posse como presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o empresário Rogério Amato anunciou que pretende deixar a legenda e deve ficar sem partido.
O vice-governador de São Paulo disse esperar contar não só com a ida de Amato para o PSD, mas também de "boa parte" dos membros da ACSP. "Nós fazemos parte do mesmo grupo há 30 anos e caititu fora do bando é comida para onça", disse Afif, citando um ditado popular.
A ACSP já foi presidida por Afif e ainda tem em sua estrutura o prefeito de São Paulo e aliados como os parlamentares Guilherme Campos e Walter Ihoshi. Presente na cerimônia, o deputado federal Rodrigo Garcia (SP), um tradicional aliado do prefeito - mas que decidiu permanecer no DEM -, disse que sua prioridade é reestruturar o partido no Estado. "Quero ser o presidente do DEM em São Paulo", afirmou.
Para Garcia, a decisão de permanecer no DEM é definitiva. "Fui eleito na oposição, oposição que não torce para o governo dar errado", disse o parlamentar, em clara resposta às críticas recentes do prefeito de São Paulo ao DEM.
No entanto, o deputado federal deve ter algum trabalho para conseguir recompor o partido em São Paulo. De acordo com Guilherme Campos, o PSD conta com a adesão de cinco deputados federais em São Paulo, além de outros cinco na Bahia e de mais três em Goiás. Campos aposta que, até a próxima semana, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e três deputados estaduais do Tocantins devem aportar no PSD. "Até a semana que vem, ela deve definir se vem para o PSD. Ela e mais alguns deputados estaduais", afirmou.