O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), encaminhou nesta quarta-feira quatro representações contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) para serem analisadas pela Corregedoria da Casa. As ações dizem respeito às declarações do deputado em entrevista ao programa CQC, da TV Bandeirantes. Respondendo a uma pergunta da cantora e apresentadora Preta Gil sobre o que faria se seu filho casasse com uma negra, o deputado afirmou que não iria discutir "promiscuidade". No mesmo programa o deputado ainda afirmou que torturaria seu filho se o encontrasse fumando maconha e que não pensa que seu filho possa ser homossexual, porque ele teve "boa educação".
As ações encaminhadas foram protocoladas pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, pela seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), pelo deputado Edson Santos (PT-RJ) e pela Comissão de Direitos Humanos, assinada por um grupo de 19 deputados. Amanhã, deve ser protocolada ainda mais uma representação da Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados. Com o encaminhamento, caberá ao corregedor, Eduardo da Fonte (PP-PE), dar um parecer à Mesa Diretora sobre o tema, para que seja decidido se Bolsonaro vai ou não para o Conselho de Ética. O deputado terá cinco dias para se defender após ser notificado pela Corregedoria.