De acordo com ele, esse tema se torna obrigatório também por conta das exigências legais, que determinam a realização de eleições dentro do PSDB em maio. "É uma questão de cumprir uma exigência legal, cumprir obrigação legal. E a legislação manda realizarmos uma convenção em maio", disse.
O líder do PSDB concorda que a presidência da sigla deve, sim, ser uma dos assuntos tratados pelos oito governadores. De acordo com ele, as conversas em torno do tema têm ocorrido rotineiramente e estão "caminhando bem". "É claro que num encontro dos governadores todos os assuntos serão abortados, e muito possivelmente este", disse. Além dos governadores, o atual presidente da sigla, Sérgio Guerra (PE), também participará do encontro na capital mineira.
Dentre os caciques da legenda, Aécio Neves apoia a manutenção de Guerra no comando do PSDB, enquanto os aliados de Serra, candidato derrotado na última eleição para a Presidência da República, defendem um maior espaço dentro da sigla. Já Alckmin deu declarações defendendo uma direção colegiada. "Defendo o rodízio ou a direção colegiada a partir de um conselho, em que o presidente fala pelo partido", afirmou ele, anteontem, em Brasília.
O encontro deste sábado reunirá pela segunda vez os oito governadores tucanos - Antonio Anastasia (MG), Anchieta Júnior (RR), Beto Richa (PR), Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO), Simão Jatene (PA), Siqueira Campos (TO) e Teotônio Vilela Filho (AL). Eles já estiveram juntos no dia 15 de dezembro em Maceió, quando elaboraram uma agenda de compromissos da oposição ao governo federal. Em Belo Horizonte, eles irão discutir também temas de interesse público, como educação e segurança. "O intuito é manter sincronia para os projetos do partido em âmbito nacional", disse Duarte Nogueira.