Este último tinha sido registrado pelo prefeito sem autorização da família do ex-presidente Juscelino Kubitschek. A cúpula do DEM comunicou à família de JK que está desfazendo a operação e devolvendo aos parentes do ex-presidente a posse da marca consagrada por ele. Ao registrar a posse desse endereço eletrônico a ideia de Kassab era tentar vincular seu novo partido, que tem a mesma sigla usada por JK quando foi eleito, à imagem de um dos políticos mais reconhecidos do Brasil. Kassab alegou que tinha sido autorizado pelos herdeiros do ex-presidente a fazer o movimento, mas foi desmentido pelos parentes de Juscelino.
O DEM ficou também com a posse de outras marcas que tinham sido registradas por Kassab. A tendência é que o Democratas repasse as marcas para o novo partido quando ele for oficialmente constituído, mas, como a saída de Kassab acabou sendo feita num clima turbulento, esse processo pode demorar.
Desde o início do ano, Kassab entrou em rota de colisão com o grupo majoritário do Democratas. Como foi derrotado internamente num processo que culminou com a eleição do senador José Agripino Maia (RN) para a presidência do partido, Kassab liderou uma dissidência para deixar a sigla e acompanhá-lo na criação do PSD. Até agora, estão ao seu lado quatro deputados federais paulistas e dois da Bahia, além do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos.