A comitiva de empresários brasileiros que acompanhará a visita da presidenta Dilma Rousseff à China no dia 12 de abril irá levar a mensagem de que o setor não quer apenas importar manufaturados da China e espera ter o país como parceiro para investimentos em infraestrutura.
Andrade se reuniu na manhã desta sexta-feira com a presidenta Dilma Rousseff para tratar da viagem e afirmou que a presidenta demonstrou concordar com a posição do empresariado. “Ela acha que é uma agenda adequada e está de acordo com a colocações que faremos aos chineses”, disse o presidente da CNI.
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A abertura do mercado chinês aos produtos industrializados brasileiros é um ponto que será defendido nas reuniões que a comitiva – formada por 212 empresários brasileiros – terá com os chineses. “Se eles falarem que o mercado deles é aberto aos produtos brasileiros, isso não é verdade. As empresas brasileiras não conseguem vender no mercado chinês, a não ser commodities, mas não queremos apenas vender commodities”, disse Andrade.
A valorização do real em relação ao dólar também foi discutida na reunião. Para Andrade, esse é um problema que o governo precisa resolver em curto prazo. “Temos urgência porque o dólar a R$ 1,62 só incentiva a compra de produtos no exterior”, disse.
Nos dias 12, 13, 14 e 15 de abril, Dilma irá a Pequim, Sanya e Boal, na China. A visita será basicamente econômica, embora a agenda inclua reuniões com o presidente chinês, Hu Jintao, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao. A delegação de empresários que irá à China busca o equilíbrio da balança comercial e maior acesso de produtos brasileiros ao mercado chinês.
Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo a Câmara de Comércio Brasil-China, as relações comerciais entre os dois países cresceram nos últimos anos 47,5%.