Em meio à indefinição sobre a sucessão na liderança do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira que o partido pode considerar o rodízio anual para o comando da legenda. O assunto será discutido em Belo Horizonte, neste sábado, em uma reunião entre oito governadores do PSDB. Alckmin lembrou que a medida já foi usada na sigla. "É uma hipótese que nós já tivemos quando nasceu o PSDB. A primeira Executiva Nacional foi rotativa, oito meses cada um, começando com o então senador Mario Covas", disse.
Apesar de a pauta formal da reunião estar preenchida com temas estratégicos, como segurança e educação, Alckmin admitiu que o assunto será tratado no encontro. "Os nossos temas são administrativos. Agora, é natural que tenham conversas políticas", disse. "Nós não vamos definir a questão do Diretório Nacional do PSDB. Essa é uma tarefa coletiva, mas ela pode ser discutida. Não vejo problemas nisso", acrescentou. O governador de São Paulo vai apresentar no encontro medidas na área de segurança pública adotadas em São Paulo, enquanto o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, abordará iniciativas na área de educação.
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Alckmin voltou a defender a criação de um Conselho Político no PSDB, uma instância que seria formada por líderes da sigla, sem funções administrativas, para discutir a atuação nacional da legenda. A iniciativa tem o apoio de caciques do PSDB, como o senador Aécio Neves (MG) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Eu venho defendendo esse Conselho Político, um colegiado que atue junto à Executiva Nacional", disse. A alternativa é vista, nos bastidores, como uma forma de arrefecer a disputa em torno da Presidência Nacional do PSDB.