Encerrado o primeiro trimestre do mandato da presidente Dilma Rousseff, o retrato das contas públicas contraria o discurso feito por ela desde a época da campanha eleitoral. Os gastos com investimentos, que deveriam ser preservados dos cortes, caíram. Já as despesas com salários, custeio da máquina pública e da rotina do governo subiram. É justo o oposto do pregado no discurso oficial.
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Dilma supera Lula e FHC em aprovação de início de governo Expectativa com relação à gestão de Dilma aumenta 6 pontosAvaliação do governo Dilma é ótimo/bom para 56%Dilma é aprovada por 73% da população, diz CNI/Ibope Governo faz corte adicional de R$ 577 mi no OrçamentoRestos a pagar para Orçamento de 2011 somam R$ 77 bilhõesEm program de rádio, Dilma comenta balanço do programa de farmácia popularJá em investimentos, os gastos caíram pouco mais de R$ 300 milhões na comparação com 2010. Os dados foram lançados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), que registra gastos federais, e foram pesquisados pela ONG Contas Abertas.
O governo diz que está fazendo outra coisa. “Estamos cortando o custeio administrativo, não os investimentos”, disse Dilma Rousseff em março, na Bahia, ao inaugurar uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O volume de investimentos previstos para este ano chega a R$ 63 7 bilhões. Desse montante, apenas 6,19% passou pela primeira etapa burocrática do gasto público, o chamado “empenho”, que é feito quando o governo compromete o dinheiro com o pagamento de alguma obra ou serviço ainda em execução.