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Estado de Minas

Aécio eleva o tom das críticas ao governo federal


postado em 05/04/2011 06:27 / atualizado em 05/04/2011 07:49

Aécio reforçou críticas contra a criação de mais um ministério pelo governo Dilma (foto: Credito Wellington Pedro/Imprensa MG.)
Aécio reforçou críticas contra a criação de mais um ministério pelo governo Dilma (foto: Credito Wellington Pedro/Imprensa MG.)
Candidato virtual à Presidência da República em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB) reforçou segunda-feira a carga de críticas contra a criação de mais um ministério pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). No sábado, em encontro com governadores tucanos em Belo Horizonte, Aécio Neves já havia declarado que o projeto de criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com status de ministério, representa um "escárnio com a população brasileira". Na segunda-feira, em tom irônico, ele disse que a nova pasta será usada exclusivamente para acomodar petistas.

A alfinetada do senador foi uma reação a iniciativa do Bloco Minas sem Censura (PT, PMDB, PCdoB e PRB), que aprovou segunda-feira na Assembleia Legislativa de Minas uma moção de repúdio contra as críticas do governador tucano à criação da secretaria com estrutura semelhante à de um ministério.

De acordo com o tucano, o país não precisa de mais ministérios. Para Aécio, em vez de privilegiar a criação de estruturas, o governo Dilma Rousseff deveria se empenhar em implementar medidas objetivas, como a ampliação do Simples para os micro e pequenos empresários.

"O Brasil inteiro compreende que já temos ministérios demais, nós precisamos ter ministérios de menos. Mas é natural que o PT defenda o inchaço da máquina, até porque é uma característica histórica do partido até para que eles possam acomodar todos os seus companheiros", alfinetou.

O projeto de criação da secretaria foi enviado na quinta-feira ao Congresso Nacional. As articulações seriam para que o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) ficasse no comando da pasta. Com isso, o presidente nacional do PT, ex-deputado José Eduardo Dutra, assumiria uma vaga no Senado, como primeiro suplente da chapa.

Apesar do ataque direto, Aécio disse que vai continuar fazendo uma oposição “vigorosa”, porém, sem ataques pessoais e em prol dos interesses do país. Diferentemente do PT, que, segundo Aécio, quando esteve no papel de oposição, vetou projetos essenciais.

“O PT durante o período de Fernando Henrique encontrava vício de origem em qualquer matéria que vinha do governo. Por isso se colocou contra o Plano Real, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra as privatizações, que hoje defendem. Nosso papel é de fiscalizar as ações do governo e propor outras ações que permitam ao Brasil superar gargalos históricos como na infraestrutura”, relembrou.

O senador criticou também a fundação do Partido Social Democrático (PSD) pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM). “Cabe a mim respeitar a iniciativa do prefeito Kassab, mas acho que o Brasil, mais do que partidos, precisa de projetos”, afirmou. Ainda em entrevista, Aécio voltou a dizer que fará seu discurso de estreia no Senado nesta quarta-feira. No papel de líder da oposição, ele disse que vai subir à tribuna para traçar o que classificou de “linhas gerais” dos rumos da oposição.

Aécio e o governador Antonio Anastasia receberam segunda-feira o ex-jogador Zico, em encontro a portas fechadas na Cidade Administrativa. Para os políticos, o ex-camisa 10 da Seleção Brasileira e do Flamengo apresentou o projeto Escolas Zico 10, voltado para crianças carentes entre 5 e 16 anos. Já em funcionamento em Poços de Caldas, Montes Claros e Juiz de Fora, a ideia é levá-lo a mais cidades do estado, incluindo Belo Horizonte. Apesar de não ter recebido nenhuma garantia do governo, Aécio e Zico acreditam que o projeto pode ser colocado em prática em breve.


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