Leia Mais
Com novos integrantes, Câmara instalará Comissão de Orçamento nesta terçaGovernitas cobram prazo maior para receber verbas do OrçamentoGoverno faz corte adicional de R$ 577 mi no OrçamentoRestos a pagar para Orçamento de 2011 somam R$ 77 bilhõesGastos com premiações superam orçamentos de secretarias de governoGoverno pode congelar reajuste de benefícios para servidores na LDO Comissão do Congresso vai estudar mudanças na tramitação de propostas orçamentárias Henrique Meirelles nega interferência de Lula no Banco CentralParlamentares vão ouvir ministra sobre cortes orçamentáriosNa Esplanada, a situação é diferente. O Ministério do Turismo, chefiado por Pedro Novais, registrou a maior redução de despesas neste ano. A pasta, que vive basicamente de emendas parlamentares – alvo de cortes do Palácio do Planalto – gastou 19% menos neste ano em comparação ao mesmo período de 2010. O Ministério das Cidades, comandado por Mário Negromonte, também sofreu para desembolsar recursos neste começo de 2011. O montante pago chegou a R$ 2 bilhões no primeiro trimestre, R$ 368 milhões a menos do que o verificado em 2010. Os dois ministros fazem parte de uma lista restrita do primeiro escalão do governo – seis nomes no total –que ainda não tiveram reuniões oficiais com a presidente Dilma no Planalto.
Para ajustar as contas da União, o governo refez a programação orçamentária de 2011 baseando-se num corte de R$ 50,1 bilhões. Para chegar a essa cifra, a equipe econômica da presidente Dilma se viu obrigada a adiar concursos e convocações, reduzir em 50% os custos com diárias e passagens e suspender aluguéis. Nem programas vitrine como o Minha casa, ninha vida escaparam dos cortes.
Justificativas
O Senado reconhece o crescimento das despesas e o atribui ao plano de carreira dos funcionários, que só foi adotado a partir do segundo semestre do ano passado. A assessoria de imprensa argumenta que no primeiro trimestre de 2011 o reajuste salarial ainda não havia sido implementado. Se descontada a inflação, afirma a assessoria, o incremento real das despesas da instituição é de apenas 5%.
Na Câmara, a justificativa para o aumento de gastos vem dos novos concursados. Desde o ano passado, tem chamado pouco mais de 50 novos servidores por mês para assumir os postos referentes ao certame realizado em 2007. Segundo técnicos do órgão, somente em janeiro foram 100 pedidos de aposentadorias, com as vagas abertas preenchidas por concursados. Com a média salarial de R$ 9 mil, os novos servidores incham as contas da Casa. Segundo dados da administração, a conta deve subir ainda mais nos próximos anos, já que até 2012 mais de mil funcionários efetivos devem adquirir direito à aposentadoria.