Durante o primeiro bimestre de 2011, os gastos sigilosos do gabinete da Presidência da República com cartão corporativo aumentaram 62,41%, somando R$1,66 milhão. Neste ano, a média mensal de despesas foi de R$ 832 mil, enquanto que a média mensal no ano passado foi de R$ 512 mil. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pela ONG Contas Abertas, com base nos dados do Portal da Transparência. “O crescimento é espantoso. No mínimo, estranho. No momento em que o governo comanda a redução dos gastos públicos, vemos os gastos sigilosos da Presidência crescendo nesse ritmo”, ressalta o economista Gil Castello Branco.
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"Apesar de os números divulgados no Portal da Transparência aparentemente indicarem um aumento de gastos com os cartões de pagamento do governo federal nos dois primeiros meses de 2011, não houve efetivo crescimento nessa modalidade de despesa. Ocorre que os cartões de pagamento têm sua fatura encerrada ao final de cada mês, sendo pagos em meados do mês subsequente", esclarece a Secretaria-Geral da Presidência da República.
A Secretaria-Geral destaca ainda "pode-se constatar uma redução de gastos de cerca de 12% com os cartões de pagamento do governo federal em janeiro e fevereiro de 2011, quando comparados com os mesmos meses de 2010".
O cartão corporativo foi criado em agosto de 2001 pelo decreto nº 3.892 , para pagamentos de rotina das autoridades. Segundo a legislação, gastos sigilosos são protegidos para garantir a segurança da sociedade e do Estado.